Reuni neste post as principais descobertas arqueológicas que confirmam a veracidade e historicidade da Bíblia Sagrada.
A existência histórica de Nabucodonosor e da própria Babilônia era um fato questionado pelos críticos até por volta de 1806, quando Claudius James Rich confirmou, através de um extenso relatório científico, que as ruínas encontradas na colina de Babil eram, na verdade, a antiga cidade de Babilônia.
O problema é que até essa época ninguém sabia nada sobre a cidade fora do relato bíblico e de historiadores da antiguidade, cuja precisão era seriamente questionada. A grande metrópole parecia ter sido engolida pelo deserto. Pesquisadores europeus que chegavam a Bagdá viam apenas as colinas empoeiradas de Babil e não podiam supor que ali estavam os escombros da antiga Babilônia. Pegavam tijolos com estranhas inscrições e levavam para casa como meras curiosidades.
Por isso, não faltou quem apregoasse que o livro de Daniel jamais poderia representar uma história real. Mas as escavações que se seguiram à exploração de Rich, começaram a mostrar que os céticos é que estavam errados.
Por esse tempo, desenvolveu-se também na arqueologia um intenso estudo para descobrir o que estava escrito naqueles tabletes que se acumulavam aos montes, em todo o território. A decifracão dos cuneiformes babilônicos encontrados no Iraque foi, assim, o segundo grande feito arqueológico do século XIX. Nieburh, Grotefend e Rawlinson foram os principais pioneiros nessa área e até hoje não há dúvida sobre a fidelidade da maioria dos textos traduzidos.
Em 1899, Robert Koldewey estava escavando as ruínas em Babil quando encontrou centenas de tijolos de paredes, muros e do próprio Templo de Ezagil que traziam o nome do Rei Nabucodonosor como mandatário daquelas grandes construções. Nosso tijolo é, certamente, parte desse grupo de blocos que anunciavam a existência do rei e uma peculiaridade de seu caráter também revelada em Daniel 4:30. De maneira arrogante ele diz: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei... para glória da minha majestade?" Pouco tempo depois, chega-lhe a sentença celestial, condenando-o por sua soberba.
Felizmente, após os sete anos de loucura, ele reconheceu a soberania de Deus e se tornou testemunha de sua justiça (Dan. 4:34-37). Como disse Ellen White: "O rei sobre o trono de Babilônia se tornou uma testemunha para Deus, dando seu testemunho, claro e eloquente, de um coração agradecido que havia participado da misericórdia e graça, justiça e paz, da natureza divina" (Youth's Instructor, dez. 13, 1904).
Por muitos anos, alguns eruditos desacreditaram a Bíblia pelo simples fato de o nome Nabucodonosor não constar em nenhuma ruína conhecida. Isso os fazia orgulhosos de sua incredulidade e, também hoje, há muitos que seguem o mesmo caminho. Mas bastou um caco de tijolo para mostrar que eles estavam errados. Não seria essa uma curiosa maneira de Deus ironizar a sabedoria humana quando esta nega a Bíblia Sagrada?
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Rodrigo P. Silva é professor de Arqueologia e Filosofia no Unasp - Campus 2, em Engenheiro Coelho, SP.
O Tijolo de Nabucodonosor
História do achado - A forma como esse tijolo chegou até aqui é simplesmente fantástica e revela-nos a maravilha da providência divina. Tudo começou há mais ou menos vinte anos quando um projetista brasileiro foi enviado ao Iraque para dar assessoria temporária a uma firma de construção civil. Era seu costume caminhar nas tardes de sábado pelas ruínas de Babilônia que ficam a céu aberto, não muito longe da capital, Bagdá. Entre os milhares de cacos de barro e pedras antigas que ainda jazem no lugar, um pedaço de tijolo lhe chamou a atenção. Ele continha estranhas letras que certamente representariam uma antiga inscrição. Um soldado iraquiano, que se tornara seu amigo, permitiu lhe trazer o tijolo como uma espécie de suvenir das terras iraquianas.
De volta ao Brasil, o projetista acabou desistindo de ficar com o objeto e, em 1988, o doou ao Pastor Paulo Barbosa de Oliveira, que o usaria para fins didáticos em aulas de Bíblia, nos colégios adventistas de Vitória, ES. Sempre que ia falar das profecias de Daniel, ele levava o tijolo e comentava sua procedência. Mas, nem de longe, poderia imaginar que aquela estranha inscrição revelaria um fantástico testemunho acerca das Escrituras.
Jubilado, o Pastor Paulo Barbosa de Oliveira resolveu mudar-se para as redondezas do UNASP - campus Engenheiro Coelho - SP, onde nos tornamos conhecidos. Nessa escola está o único museu de arqueologia bíblica do Brasil - o Museu Paulo Bork, que recebe visitas de vários lugares e já foi tema de reportagens em rádio, TV, jornais e revistas de circulação nacional. Foi conversando acerca do museu, que o Pastor Paulo revelou a posse do tijolo que me despertou muita curiosidade.
Ao vê-lo, percebi que a inscrição composta de três linhas era, na verdade, um cuneiforme neo-babilônico usado pelos caldeus, nos dias do profeta Daniel. Pedi ao pastor para levar o tijolo para casa, onde poderia estudá-lo melhor e tentar traduzir as antigas sentenças. Algum tempo depois, o que descobri parecia bom demais para ser verdade. O tijolo falava de Nabucodonosor!
Traduzindo a inscrição - Usando léxicos e gramáticas acadianos, entendi que a inscrição dizia: "(eu sou) Nabucodonosor, Rei de Babilônia. Provedor (do templo) de Ezagil e Ezida; filho primogênito de Nabopolassar': Antes, porém, de publicar o achado, era necessário confirmar a tradução com pessoas mais especializadas, como 0 Dr. Oseas Moura, que estudou acadiano na PUC do Rio de Janeiro, e outros assiriologistas de universidades europeias e americanas que têm seu nome entre os mais renomados no estudo de inscrições cuneiformes. Todos confirmaram a tradução, corrigindo apenas um ou outro detalhe de transliteração dos caracteres originais.
Tínhamos, portanto, um objeto legítimo, dos dias do cativeiro babil8nico, que testemunhava a existência histórica de um rei descrito nas Escrituras. É claro que essa não é à única prova arqueológica da existência de Nabucodonosor. Conforme as escavações vêm revelando, era costume desse rei colocar uma espécie de "assinatura" em tudo o que construía. Paredes de palácios, templos e até muros da antiga Babilônia estão repletos de inscrições com o seu nome. Esse tijolo, portanto, faz parte de um importante conjunto de evidências que silencia mais uma vez os que negam a veracidade da Palavra de Deus.
Rodrigo P. Silva é professor de Arqueologia e Filosofia no Unasp - Campus 2, em Engenheiro Coelho, SP.
Entrevista publicada em fevereiro de 2003 na Revista Adventista
http://www.scb.org.br/scb/index.php/noticias/1970-o-tijolo-de-nabucodonosor
*Nabucodonosor:
Dinastia Neo-babilônica, aproximadamente 604-561 A.C.
Seguindo a derrota do Império assírio pelos babilônicos em 612 AC, Nabucodonosor II reconstruiu a cidade de Babilônia. Foi calculado que 15 milhões de tijolos foram usados na construção de edifícios oficiais. Os tijolos frequentemente apresentam inscrições cuneiformes feitas com um selo, ou ocasionalmente escrito à mão.
1820
Papiro de Ipuwer
Evidência que comprova a veracidade bíblica do relato das 10 pragas do Egito.
Sempre houve grande controvérsia em relação à Ciência e a Bíblia. Todavia, nunca tivemos tantas confirmações científicas sobre fatos bíblicos, como nos últimos tempos. Certamente, o Eterno que deu inteligência ao homem para multiplicar a ciência se utilizou, SIM, dos elementos da natureza para exercer o Seu poder, não apenas neste, mas, em muitos outros episódios da história bíblica.
Diário de um egípcio chamado Ipuwer encontrado no Egito em 1820 e levado para o museu da Universidade de Leiden, na Holanda. No texto, ele lamenta o estado do Egito e diz numa carta endereçada a Faraó:
"Os estrangeiros (hebreus?) vieram para o Egito ... [eles] têm crescido e estão por toda a parte ... o Nilo se tornou em sangue ... [as casas] e as plantações estão em chamas ... a casa real perdeu todos os seus escravos ... os mortos estão sendo sepultados pelo rio ... os pobres (escravos hebreus?) estão se tornando os donos de tudo ... os filhos dos nobres estão morrendo inesperadamente ... o [nosso] ouro está no pescoço [dos escravos] ... o povo do oásis está indo embora e levando as provisões para o seu festival [religioso?]"
http://museudearqueologiabiblica.blogspot.com.br/2014/11/o-papiro-de-ipuwer.html
Veja um artigo mais detalhado em: https://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2013/11/09/sao-as-10-pragas-do-egito-mencionadas-no-papiro-de-ipuwer/
1830 - 1919
O Prisma de Taylor (1830) e o Prisma de Senaqueribe
O
Prisma de Taylor e o Prisma de Senaqueribe são dois vasos de barro
distintos em formato de prisma inscritos ambos com o mesmo texto em
acadiano.
O Prisma de Senaqueribe se encontra no Instituto
Oriental de Chicago – EUA, e foi adquirido em 1919 por J. H. Breasted em
nome do Instituto. O de Taylor está no Museu Britânico, e foi
descoberto em Níneve e adquirido em 1830 pelo Coronel R. Taylor, Cônsul
Geral Britânico em Bagdá e vendido posteriormente por sua viúva ao Museu
Britânico em 1855. É daí que vem o seu nome. Ambos registram os
primeiros oito anos de campanha do rei assírio Senaqueribe.
Têm
para nós um especial interesse, pois reporta a guerra assíria contra as
cidades de Judá, e particularmente a tentativa fracassada de se apossar
de Jerusalém. Nesta campanha Senaqueribe destaca a destruição de 46
cidades de Judá além da deportação de 200.150 pessoas (SIC) para a
Assíria.
Vejamos um pequeno trecho deste documento.
“Quanto a
Ezequias, o judeu, que não se submeteu a meu jugo: quarenta e seis
cidades fortes, cidades muradas, bem como as cidades pequenas naquela
área, as quais eram sem número, com aríetes e catapultas, e com ataques
por minas, túneis e retaguarda eu sitiei e lhes tomei duzentas mil e
cento e cinquenta pessoas, grandes e pequenos, homens e mulheres, mulas e
jumentos, camelos, gado e ovelhas sem número eu tomei e contei como
espólio.
O próprio Ezequias, como um pássaro numa gaiola,
fechou-se em Jerusalém, sua cidade real. Suas cidades, as quais eu
espoliei, cortei de sua terra e a Mitinti, rei de Ashdod, Padi, rei de
Ekron, e Silli-bêl, rei de Gaza, as dei. E assim diminuí sua terra.
Aumentei o antigo tributo.
Veio sobre Ezequias o terror de minha
majestade e os árabes e suas tropas mercenárias que ele trouxe para
fortificar Jerusalém, sua cidade real, desertaram. Além dos trinta
talentos de ouro e oitocentos talentos de prata, gemas antimônio, joias,
grandes cornélias, móveis incrustados de marfim, peles e presas de
elefante, ébano, caixas de madeira, toda a espécie de tesouro, bem como
suas filhas, seu harém, seus músicos, os quais trouxe a mim em Níneve,
minha cidade real, para pagar tributos e aceitar a servidão ele enviou
seus mensageiros.” (Prisma de Senaqueribe)
Conforme se ve,
Senaqueribe exagerou um pouco nas tintas, pois além de não controlar
Jerusalém, foi obrigado a retornar a Níneve onde foi morto pelos
próprios filhos (2 Rs 19:35-37).
https://cronologiadabiblia.wordpress.com/2011/03/11/o-prisma-de-taylor-e-o-prisma-de-senaqueribe/
1848-49
O Épico de Gilgamesh
Em 1848-49 o arqueólogo Austin Henry Layland fez uma animadora descoberta enquanto estava escavando a antiga cidade mesopotâmica de Ninive, hoje em dia no Iraque. Ele desenterrou várias tábuas de argila que continham a história escrita preservadas mais antiga da humanidade: o Épico de Gilgamesh.
O Épico de Gilgamesh, foi encontrado em vários tabletes de barro partidas na cidade assíria de Nínive em 1853 - Outro achado importante que vem das escavações de Henry Layard - É um velho conto babilônico do dilúvio. Quando o Épico de Gilgamés foi publicado pela primeira vez na Europa em 1872 através da tradução de George Smith, ele causou uma sensação que rivalizava com as teorias de Darwin. Algumas pessoas o declaravam uma prova histórica do dilúvio do Gênesis, enquanto outros ainda desdenhavam da asseveração de que a Bíblia é singular e autentica. Em toda a literatura mesopotâmica, o conto do dilúvio no tablete 11 representa a principal correlação com o texto bíblico. Na história recontada aqui, Gilgamés é avisado sobre o dilúvio por Utnapishtim, um homem que ganhou a imortalidade, e como o Noé bíblico, também passou salvo pelas águas do dilúvio. Em seu relato do dilúvio, ele diz que o deus criador Ea favoreceu-o avisando-o sobre o dilúvio e ordenando-lhe que construísse um barco (cf. Gn 6.13-17). Neste barco ele levou sua família, tesouros e todas as criaturas vivas (cf. Gn 6.18-22; 7.1-16), escapando assim da tempestade enviada pelos céus que destruiu o restante da humanidade (cf. Gn 7.17-23). De acordo com seus cálculos, a tempestade acabou no sétimo dia, e a terra seca apareceu no décimo segundo dia (cf. Gn 7.24) quando o barco veio repousar sobre o monte Nisir, no Curdistão (ao invés do bíblico monte Ararate, na Turquia).
Quem veio primeiro?
Podemos ver, a partir do tablete, que há muitas similaridades – o que indica uma fonte comum. Mas há também diferenças significativas. Inclusive a ordem de envio dos pássaros, no relato de Noé, é mais lógico. Ele compreendeu que o não-regresso de um pássaro decompositor, como o corvo, não provava nada. Por outro lado, Utnapishtim mandou o corvo por último. Noé, entretanto, compreendeu que enviar uma pomba era mais lógico – quando a pomba retornasse com uma folha fresca de oliveira, Noé saberia que a água baixara. E se não retornasse em uma semana, isso significaria que a pomba encontrara um bom lugar para se estabelecer.
Os inimigos do cristianismo bíblico afirmam que o relato da Bíblia é derivado do épico de Gilgamesh. Mas os discípulos de Cristo não podem concordar com isso. De acordo com o ensino do apóstolo Paulo, em 2 Coríntios 10:5, é importante demolir essa teoria liberal.
O Gênesis é mais antigo
Faz mais sentido que o Gênesis seja o relato original, e os mitos pagãos surjam como distorções desse relato. Embora Moisés tivesse vivido muito depois do evento, ele provavelmente agiu como editor de fontes muito mais antigas. Por exemplo, Gênesis 10:19 fornece direções referenciais verdadeiras, “indo para Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim”. Essas eram as cidades da planície que Deus destruiu, por causa de sua extrema maldade, 500 anos antes de Moisés. Ou seja, Gênesis apresenta direções, em um tempo que essas cidades eram pontos de referência bem-conhecidos, não sepulcros debaixo do Mar Morto.
É comum criar lendas a partir de eventos históricos, mas não criar história a partir de lendas. Os liberais, em geral, também afirmam que o monoteísmo é um estágio tardio no desenvolvimento evolutivo da religião. A Bíblia ensina que o homem era originalmente monoteísta. Evidências arqueológicas sugerem o mesmo, indicando que somente depois a humanidade degenerou para um panteísmo idólatra.
Por exemplo, em Gênesis, o julgamento de Deus é justo. Ele é paciente com a humanidade por 120 anos (Gênesis 6:3), mostrando misericórdia a Noé e à sua descendência. Os deuses do Épico de Gilgamesh, ao contrário, são caprichosos e desajeitados, escondendo-se durante o Dilúvio e ficando esfomeados sem os sacrifícios humanos, que os alimentam. Isto é, os escritores humanos do Épico de Gilgamesh reescreveram o relato verdadeiro, e fizeram seus deuses à sua própria imagem.
Toda a teoria da derivação de Gilgamesh é baseada na desacreditada Hipótese Documentária. Ela assume que o Pentateuco foi compilado por sacerdotes, durante o Exilo Babilônico no sexto século a.C. Mas as evidências internas não mostram sinais disso, e todos os sinais mostram que foi escrito por alguém que acabava de sair do Egito. Os inventores eurocêntricos da Hipótese Documentária, como Julius Wellhausen, pensavam que a escrita não havia sido inventada na época de Moisés. Mas muitas descobertas arqueológicas de escritos antigos mostram que isso é ridículo.
Todos os povos relembram um dilúvio
Os liberais frequentemente afirmam que o Épico de Gilgamesh foi o embelezamento de uma severa cheia de rio, isto é, uma inundação local. Isso funcionaria se houvesse lendas diluvianas semelhantes somente ao redor do antigo oriente próximo. Mas há centenas de lendas diluvianas espalhadas pelo mundo.
Os aborígenes australianos também têm lendas de um dilúvio massivo, bem como os povos que vivem nas densas florestas próximas ao Rio Amazonas, na América do Sul. A Dr. Alexandra Aikhenvald, autoridade mundial em linguagens daquela região, diz:
… sem sua linguagem e estrutura, os povos não têm raiz. Ao registrar algo você está também relembrando as histórias e folclores. Se estes se perderem, uma grande parte da história daquele povo também se perde. Essas histórias muitas vezes têm uma raiz comum, que fala de um evento real, não de um simples mito. Por exemplo, todas as sociedades amazônicas já estudadas possuem uma lenda acerca de um grande dilúvio.”
Isso faz sentido completo, se houve mesmo um Dilúvio global, como ensina o Gênesis, e todos os grupos de pessoas descendem dos sobreviventes que mantiveram as memórias daquele cataclisma.
A forma da Arca
A Arca foi construída para ser um tremendo estábulo. Deus disse a Noé para fazê-la com 300x50x30 côvados (Gênesis 6:15), o que é equivalente a cerca de 140x23x13,5 metros, e dá um volume de 43.000m³ (metros cúbicos). Isto é justamente o necessário para impedir que a embarcação vire, e suavizar a navegação. Há três tipos principais de rotação em embarcações (e aviões), sobre três eixos perpendiculares:
1. A guinada, que é a rotação sobre um eixo vertical, isto é, a proa e a popa movem-se alternadamente da esquerda para a direita.
2. A arfagem, que é a rotação sobre um eixo lateral, uma linha imaginária da esquerda para a direita, isto é, a proa e a popa movem-se alternadamente para cima e para baixo.
3. A Rolagem, que é a rotação sobre o eixo longitudinal, uma linha imaginária da popa à proa, tendendo a tombar o barco para um dos lados.
A guinada não é perigosa, no sentido em que não pode virar um barco, mas pode tornar a navegação desconfortável. A arfagem também é um modo improvável de se virar um barco. Em qualquer caso, o enorme comprimento do barco o faria se alinhar paralelamente à direção das ondas, e essas turbulências seriam mínimas.
A rolagem é, de longe, o maior perigo. A Arca, porém, supera esse problema sendo muito mais extensa que alta. Seria quase impossível tombá-la – mesmo se a Arca fosse, de algum modo, tombada a 60º, ela poderia endireitar-se a si mesma.
Mas seria impossível virar a Arca mesmo a uma fração disto. David Collins, que trabalhou como arquiteto naval, mostrou que mesmo um vento de 210 nós (três vezes a força de um furacão) não poderia superar o momento de recuperação (em inglês, righting moment) da Arca, que a teria impedido de inclinar-se muito além de 3º.
Além disso, os arquitetos navais coreanos confirmam que uma barcaça com as dimensões da Arca teria ótima estabilidade. Eles concluíram que, se a madeira tivesse uma grossura de somente 30 cm, poderia ter navegado em condições marítimas com ondas maiores que 30m. Compare isso com um tsunami (ondas gigantes), que tem tipicamente cerca de 10m de altura. Note também que há menos perigo nos tsunamis, porque eles são perigosos somente próximos à praia – em mar aberto, dificilmente são perceptíveis.
Contraste-a com a arca de Utnapishtim – um grande cubo!
É difícil pensar em um design mais ridículo para uma embarcação – ela rolaria em todas as direções mesmo com o menor distúrbio. Porém, é fácil de explicar a história se os autores distorceram o Gênesis, e acharam que uma dimensão é mais fácil de lembrar que três, “suas dimensões devem ser iguais umas às outras”. (Além disso, essa forma cúbica parece muito mais agradável.) Os autores humanos pagãos não perceberam que as dimensões da Arca real tinham que ser justamente aquelas que eram. Mas o inverso disso é inconcebível: escritores judeus, dificilmente conhecedores das habilidades necessárias para a arquitetura naval, tomaram a mítica Arca cúbica e transformaram-na na mais estável embarcação de madeira possível!
O Gênesis é o original
O Épico de Gilgamesh tem paralelos muito próximos ao relato do Dilúvio de Noé. Suas similaridades tão próximas devem-se à sua proximidade com o evento real. Porém, há grandes diferenças também. No Épico, todas as coisas, do politeísmo grosso à absurda arca cúbica, bem como as lendas sobre dilúvio espalhadas pelo mundo, mostram que o relato de Gênesis é o original, enquanto que o Épico de Gilgamesh é uma distorção.
Observação: veja Nozomi Osanai, A comparative study of the flood accounts in the Gilgamesh Epic and Genesis, Tese de Mestrado, Wesley Biblical Seminary, EUA, 2004, que foi escrita independentemente deste artigo, e fornece mais detalhes. Ela graciosamente nos permitiu (ao CMI, n.t.) publicar sua tese no nosso site: <www.creationontheweb.com/gilg>.
https://considereapossibilidade.wordpress.com/2009/03/05/o-dilvio-de-no-e-o-pico-de-gilgamesh/
1867 - 2004
O Reservatório de Siloé
O Reservatório de Siloé ou Piscina de Siloé chamado em hebraico Selá (Enviado ou Remetente). É um marco situado na parte inferior da inclinação sul de Ophel, o local que fazia parte da antiga Jerusalém, a oeste do vale do Cédron e da antiga Cidade de Davi, agora ao sudeste (parte externa) das paredes da antiga cidade.
O reservatório era um receptáculo para as águas da fonte de Giom, que eram levadas para lá por dois aquedutos - o canal da Idade do Bronze descoberto em 1867 por Charles Warren (um canal de água no fundo da caverna num corte reto de uns 20 metros que era coberto com lajes de rocha) datado da Idade do Bronze 1800 a.C., e o túnel de Ezequias (um túnel construído na rocha, do tempo do reinado do rei Ezequias 700 a.C.)
O Reservatório de Siloé é mencionado diversas vezes no Bíblia. Isaías 8:6 menciona as águas deste reservatório e Isaías 22:9 faz referências à construção do túnel de Ezequias. Para os cristãos, a menção mais notável do reservatório se encontra no Evangelho segundo João quando menciona o ato Jesus de curar um homem cego de nascimento:
«...Ora, quando ia passando, viu um homem cego de nascença.... Depois de dizer estas coisas, cuspiu no chão e fez barro com a saliva, e pôs este barro sobre os olhos [do homem] e lhe disse: “Vai lavar-te no reservatório de água de Siloé” (que é traduzido 'Enviado'). E ele foi então e lavou-se, e voltou vendo.» (João 9:1-7)
De acordo com Ronny Reich da Universidade de Haifa Israel, a presença de Jesus no reservatório poderia simplesmente ter sido um resultado da exigência de lavar-se antes de subir ao Templo; a lei religiosa do período, requeria dos judeus fazer pelo menos uma peregrinação a Jerusalém uma vez ao ano.
Uma remodelagem do reservatório de Siloé foi realizada no século V, no período bizantino, e tem-se dito que foi construído sob influência de Élia Eudócia. Este reservatório, foi abandonado e deixado à ruína, e sobrevive em parte atualmente; cercado por uma parede elevada de pedras por todos os lados (à exceção de uma entrada aberta ao Túnel de Ezequias - redescoberta somente no século XIX), o reservatório é pequeno, tendo sido construído uma modesta Mesquita ao lado, e em parte sobre ele.
Abaixo do reservatório
Os registros antigos relatam que durante o período do Segundo Templo, havia também uma construção mais abaixo do Reservatório de Siloé. No outono de 2004, os trabalhadores que faziam escavações para a efluente perto do reservatório, foram descobrindo por etapas as pedras , e quase que imediatamente Ronny Reich e Eli Shukron (arqueólogos proeminentes) que estavam em cena, entenderam que estas etapas eram parte do reservatório no período do segundo Templo.
A escavação rapidamente confirmou o suposição inicial; o achado foi anunciado formalmente em 9 de agosto de 2005 e recebeu a atenção internacional pela mídia. O reservatório está a menos de 200 jardas do reservatório superior. Este reservatório mais abaixo, não é perfeitamente retangular, mas tem uma leve forma de Trapézio. Há três jogos de cinco etapas, dois conduzem a uma plataforma, antes que o fundo seja alcançado, e sugere-se que as etapas estiveram projetadas para acomodar vários níveis de água.
O Reservatório de Siloé é uma pedra alinhada, mas embaixo há uma evidência de uma versão mais antiga que tinha sido coberta (para ajudar a reter água). As moedas encontradas dentro desta, datam da época de Alexandreu Janeu (104 a 76 a.C.). Também foram encontrados uma coleção de moedas, datando da época da Grande Revolta Judaica (de 66 a 73 d.C.). Um canal conduz o reservatório mais novo (o superior) para alimentar o reservatório mais antigo.
Relatos bíblicos indicam que Jerusalém recebia um limitado suprimento de água do reservatório de Siloé, a oeste do vale do Cédron, e Ezequias teria protegido este, construindo uma muralha externa para que o reservatório ficasse dentro da cidade. — Isaías 22:11; 2 Crônicas 32:2-5. Além disso, outros registros bíblicos e a tradição judaica indicam que este reservatório teria sido usando durante festividades na era pré-cristã, e também no tempo de Jesus. Por exemplo, durante a Festividade do Recolhimento, era costume um sacerdote levita ir ao reservatório de água de Siloé com um jarro de ouro, enchendo-o com água e retornando ao templo, e derramando-o numa bacia junto à base do altar. Nesta ocasião, havia grande alegria, tanto que dizia-se que aquele que nunca viu o derramamento da água de Siloé nunca viu alegria na sua vida.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reservat%C3%B3rio_de_Silo%C3%A9
1868
Pedra Moabita
Pedra Moabita ou Estela de Mesa, é uma pedra de basalto, com uma inscrição sobre Mesa, Rei de Moabe. Este registra a conquista de Moabe por Omri, Rei de Israel Setentrional. Após a morte de Acab, filho de Omri, Mesa revolta-se depois de prestar vasalagem por 40 anos. Esta inscrição completa e confirma o relato bíblico em II Reis 3:4-27.
A estela teria sido feita, aproximadamente, por volta de 830 a.C..
A estela foi adquirida em Jerusalém pelo missionário alemão F. A. Klein , em 1868. Encontrada em Díbon, a antiga capital do Reino de Moabe, a 4 milhas a Norte do Rio Árnon.
Encontra-se no Museu do Louvre, em Paris. Com a exceção de algumas variações, mostra que a escrita dos moabitas era idêntica ao hebraico. Menciona o Tetragrama Sagrado no lado direito da estela, na linha 18. É um documento de grande importância e interessante relativo ao estudo da linguística hebraica, ou seja, a formação e evolução do alfabeto hebraico.
A Pedra Moabita confirma o nome de locais e de cidades moabitas mencionadas no texto bíblico: Atarote e Nebo (Números 32:34,38), Aroer, o Vale de Árnon, planalto de Medeba, Díbon (Josué 13:9), Bamote-Baal, Bet-Baal-Meon, Jaaz [em hebr. Yáhtsha] e Quiriataim (Josué 13:17-19), Bezer (Josué 20:8), Horonaim (Isaías 15:5), e Bet-Diblataim e Queriote (Jeremias 48:22,24).
Transcrição em português da Pedra Moabita (em revisão)
"Eu Mesa, filho de [deus] Quemós [...], Rei de Moabe, o dibonita – o meu pai reinou sobre Moabe 30 anos e eu reinei depois do meu pai – fiz este lugar alto para Quemós, Qarhoh, porque ele me salvou de todos os reis e me fez triunfar de todos os meus adversários. No que toca a Omri, Rei de Israel [Setentrional], este humilhou Moabe durante muito tempo, porque Quemós estava irritado com sua terra. E o seu filho seguiu-o e disse também: Hei-de humilhar Moabe. No meu tempo ele o disse, mas eu triunfei sobre ele e a sua casa, enquanto Israel tinha perecido para sempre! Omri tinha ocupado a terra de Mádaba e Israel tinha habitado lá no seu tempo e durante metade do tempo do seu filho [Acabe, filho de Omri], por 40 anos; mas Quemós habitou ali, no meu tempo.
E construí Baal-Meon, fazendo nela um reservatório [ou cisterna]; construí também Qaryaten. Os homens de Gade tinham sempre habitado a terra de Atarot e o rei de Israel tinha construído Atarot para eles; mas eu combati contra a cidade e tomei-a e matei todos os habitantes da cidade para satisfação de Quemós e Moabe. E trouxe dali Arel, seu cabecilha, arrastando-o para diante de Quemós em Qeriot e estabeleci homens de Sharon e de Maharit.
E Quemós disse-me: Vai e toma [o Monte] Nebo a Israel. Assim, eu fui de noite e combati contra ela, desde do raiar aurora até meio-dia, tomando-a e matando todos, 7 mil homens, mulheres, rapazes, raparigas e servas, por que tinham sido devotados anátema [ou destruição] para Ashtar-Quemós. E dali os tirei [...] de YHVH (nome de Deus), arrastando até diante de Quemós. E o rei de Israel tinha construído Jahaz e residia ali, enquanto lutava contra mim, mas Quemós tirou-o de diante de mim. E tomei de Moabe duzentos homens de guerra, todos de primeira classe, e coloquei-os contra Jahaz e tomei-a para anexar Díbon.
Fui eu que construí Qarhoh, o muro das florestas e muro da cidadela; também construí as suas portas e construí as suas torres e construí a casa do Rei e fiz os seus reservatórios para água, dentro da cidade. E não havia cisterna dentro da cidade de Qarhoh, por isso disse ao povo: Que cada um de vós faça uma cisterna para si mesmo, na sua casa. E eu cortei vigas para Qarhoh com prisioneiros israelitas. Construí Aroer e fiz a estrada no Vale de Aroer; construí Bet-Bamot, pois tinha sido destruída; construí Becer – pois estava em ruínas – com 50 homens de Dibon, pois todo o território de Díbon era minha leal dependência.
E reinei em paz sobre as 100 cidades que tinha acrescentado ao país. E eu construí [...], Medeba, Bet-Diblaten e Bet-Baal-Meon, e estabeleci ali o […] país. E quando Hauronen, ali moraram [...] Quemós disse-me: Vai lá baixo e combate contra Hauronen. E eu desci e combati contra a cidade e tomei-a, e Quemós habitou lá no meu tempo ..."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_Moabita
1879
Cilindro de Ciro
O assim chamado “Cilindro de Ciro” é um dos muitos artefatos maravilhosos que suprem as evidências acerca dos tempos bíblicos.
Ciro, imperador dos Medos e dos Persas é citado nas Escrituras 23 vezes. Ele foi o grande conquistador da Babilônia, o maior império de seus dias, e foi ele também quem deu a ordem autorizando os judeus que haviam sido levados para Babilônia a retornarem para a terra de Israel e reconstruirem a cidade de Jerusalém e o templo:
Esdras 1:1—4
1 No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias, despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá.
3 Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.
4 Todo aquele que restar em alguns lugares em que habita, os homens desse lugar o ajudarão com prata, ouro, bens e gado, afora as dádivas voluntárias para a Casa de Deus, a qual está em Jerusalém.
Ciro foi citado pelo seu próprio nome nas profecias de Isaías cerca de 200 anos antes do seu nascimento:
Isaías 44:28
Que digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado.
Isaías 45:1
Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão.
No passado, quando o “Cilindro de Ciro” permanecia enterrado era comum os críticos da Bíblia levantarem suas vozes e afirmarem, com toda convicção, que o registro bíblico acerca de Ciro libertando os judeus do cativeiro e outorgando-lhes liberdade religiosa não passavam de mitos, uma vez que tais atitudes não condiziam com o padrão dos soberanos típicos daqueles dias.
Todavia, quando o “Cilindro de Ciro” foi descoberto confirmou-se que tal gesto era na realidade o comportamento padrão dos soberanos daqueles dias.
O “Cilindro de Ciro” foi descoberto pelo arqueologistas britânico Hormuzd Rassam e devidamente contrabandeado para o Museu Britânico que alega possuir os diretos sobre o mesmo. Mas aqui acho que o povo do Iraque teria uma idéia bem diferente acerca de seu artefato tão precioso.
No “Cilindro de Ciro”, que é feito de argila, existe um texto em acadiano declarando que Ciro tinha como política “restaurar os cativos às suas terras de origem, auxiliando-os na reconstrução dos seus templos. O “Cilindro de Ciro” foi encontrado nas ruínas de um templo dedicado ao deus Marduk no sítio arqueológico onde está a antiga cidade da Babilônia.
Parte do material traduzido do “Cilindro de Ciro” diz o seguinte:
“Eu devolvi para esses santuários que se encontram do outro lado do rio Tigre e que se encontram em ruínas por um longo período de tempo as imagens que costumavam habitar os mesmos e os estabeleci como santuários permanentes. Eu também juntei todos seus habitantes e os fiz retornar para suas habitações”.
Vez após a vez a arqueologia confirma a Bíblia, mas é importante que digamos que não precisamos de tais confirmações para crer na Bíblia. Para nós, os crentes, é bastante saber que a Bíblia é a PALAVRA DE DEUS.
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/02/o-cilindro-de-ciro-e-arqueologia-biblica.html
1880
Inscrição de Siloé
A
inscrição de Siloé é uma passagem de texto inscrito, encontrada
originalmente no Túnel de Ezequias (que supria água da Fonte de Giom
para a Piscina de Siloé na parte leste de Jerusalém). Descoberto em
1880, a inscrição regista a construção do túnel no século VIII a.C..
Encontra-se entre os registos mais antigos escritos na língua hebraica,
usando-se o alfabeto Paleo-Hebrew.
Apesar do túnel de Ezequias
ter sido muito pesquisado durante século XIX por arqueólogos eminentes,
como o Dr. Edward Robinson, Charles Wilson, e Charles Warren, faltou
descobrir toda a inscrição, provavelmente devido aos depósitos minerais
acumulados que atrapalharam a visibilidade. De acordo com o Easton's
Bible Dictionary (1897), alguns jovens que andavam acima do Túnel de
Ezequias perto da extremidade da Piscina de Siloé, teriam descoberto a
inscrição numa pedra no lado oriental, aproximadamente 19 pés no túnel.
História da descoberta
A
inscrição de Siloé foi cortada da parede do túnel em 1891 e quebrada em
fragmentos; mas estes foram recuperados pelos esforços do cônsul
britânico em Jerusalém, e foram colocados no museu do Antigo Oriente em
Istambul.
Tradução
Ilegível
no inicio, devido aos depósitos de sujeira, mas o professor A.H. Sayce
foi o primeiro a fazer uma tentativa de leitura , e o texto foi limpo
mais tarde com uma solução ácida que faz a leitura mais legível. A
inscrição contem 6 linhas, de qual a primeira é danificada. As palavras
são separadas por pontos. Somente a palavra na terceira linha é de
tradução duvidosa - talvez devido a uma rachadura. A passagem lê:
“E
esta foi a maneira em que foi perfurado: — Enquanto [. . .] ainda
(havia) [. . .] machado(s), cada homem em direção ao seu companheiro, e
quando ainda faltavam três côvados para serem perfurados, [ouviu-se] a
voz dum homem chamando seu companheiro, pois havia uma sobreposição na
rocha à direita [e à esquerda]. E quando o túnel foi aberto, os
cavouqueiros cortaram (a rocha), cada homem em direção ao seu
companheiro, machado contra machado; e a água fluiu da fonte em direção
ao reservatório por 1.200 côvados, e a altura da rocha acima da(s)
cabeça(s) dos cavouqueiros era de 100 côvados.”
Esta
inscrição registra a construção do túnel de Ezequias, e é usada ao se
comparar datas de outras inscrições hebraicas encontradas. De acordo com
o texto, o trabalho começou em ambas as extremidades simultaneamente e
prosseguiu até que os construtores se encontraram no meio.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inscri%C3%A7%C3%A3o_de_Silo%C3%A9
1896
Estela Merneptah
A Stela Israel também conhecida como a Estela Merneptah é uma laje de pedra, que foi encontrado em 1896 em Tebas, no Egipto. O monumento foi encontrado onde tinha estado uma vez no antigo Egipto, no templo, que honrou o faraó Merneptah. Alguns referem-se a pedra como a "Estela da Vitória", porque os registos das campanhas militares e as vitórias do faraó Merneptah, o filho do poderoso Ramsés II, que reinou no Egipto por volta de 1215 aC., durante o tempo dos juízes em Israel.
A escrita na estela é em hieróglifos e muito claramente menciona o nome de Israel. Israel foi considerado pelo Faraó do Egito, suficientemente importante para mencionar a vitória como significativa. Os hebreus tinham conquistado a terra de Canaã, por volta de 1400 aC
O período dos Juízes foi um período sombrio na história de Israel porque eles tinham abandonado continuamente o Senhor e serviram a outros deuses, e houve tumulto contínuo na terra de Israel.
Juízes 10:6 - E os filhos de Israel fizeram o mal de novo, à vista do SENHOR, e serviram aos baalins, e a Astarote, e aos deuses da Síria, e aos deuses de Sidom, e aos deuses de Moabe, e os deuses do filhos de Amom, e aos deuses dos filisteus, e abandonaram o Senhor, e não o serviram.
A descoberta da Estela Israel é muito importante no estudo da Arqueologia Bíblica. É a mais antiga evidência da existência de Israel na terra de Canaã, nos tempos antigos fora da Bíblia. O texto sobre a pedra lê:
"Canaã é pilhado com todo mau caminho. Ashkelon é conquistado e levado em cativeiro, Gezer apreendidos, Yanoam feita inexistentes; Israel é desperdiçado, nua de sementes".
http://galeriabiblica.blogspot.com.br/2009/10/estela-de-merneptah-fala-de-israel.html
Início do século XX
Cartas de Tel-el-Amarna,
onde um rei vassalo pede socorro ao Egito, certo cananeu de nome Dudu é referido como o mais importante oficial que sentava na presença de faraó. Ademais, encontramos na mesma correspondência a menção de um alto oficial semita chamado Yanhamu, (José) citado como um administrador que ordenou ao povo egípcio vender tudo o que possuíam e, com o dinheiro, comprar alimentos que deveriam ser estocados para um longo período de fome. Muito sugestivo ao que José fez no relato de Gênesis.
http://museudearqueologiabiblica.blogspot.com.br/2014/11/evidencia-da-presenca-de-jose-no-egito.html
Décadas 20/30
A cidade de Ur – Abraão
Abraão, o patriarca dos povos judeu, cristão e muçulmano, é um dos principais personagens da narrativa Bíblica. Segundo a Bíblia, Abraão teria partido da cidade de Ur dos Caldeus em direção a Terra Prometida. Porém, a existência de Ur dos Caldeus sempre foi questionado por historiadores.
Teria sido Ur dos Caldeus uma cidade mitológica ou legendaria? Teria esse povo realmente existido?
A cidade de Ur – Abraão
Em meados de 30, um famoso arqueologista chamado Sir Charles Leonard Woolley , seguindo pistas de uma expedição arqueológica anterior encontrou um zigurate ou elevado de terra na região da Babilônia antiga. Patrocinadas pelo Museu Britânico e Universidade da Pensilvânia escavações confirmaram a descoberta da cidade histórica de Ur dos Caldeus mencionada na bíblia.
O Zigurate de Ur
O Zigurate de Ur em estilo neo-sumérico foi construído por Ur-Nammu. Ele e está localizado na cidade de Ur, próximo à Nasiriyah às margens do rio Eufrates, no Iraque. Ele Construído no século 21 a.C., foi destruído e posteriormente restaurado no período Neo-Babilônico sob ordens do rei Nebonido.
O zigurate de Ur fazia parte de um complexo de templos que servia como centro administrativo da região da Mesopotâmia. Ele também servia como santuário para o deus Nanna/Sin.
Suas ruínas foram escavadas nas décadas de 1920 e 1930 por Sir Leonard Woolley. As mesmas ruínas foram envoltas por uma reconstrução parcial da fachada e da escadaria monumental, feita pelo ditador iraquiano Saddam Hussein durante a década de 1980.
1920
O jogo real de Ur
O jogo real de Ur também conhecido como o Jogo dos Vinte Quadrados, foi encontrado em um túmulo real em Ur, no Iraque por Sir Leonard Woolley em 1920. O jogo real de Ur utilizava dois tabuleiros, um branco e um preto. Ele era jogado com sete marcadores e três dados em forma de pirâmides. Parte das regras do jogo real de Ur também foram encontradas gravadas em um tablete de argila (Em destaque na foto). De acordo com o pouco que se compreende das regras do jogo, considera-se que ele tenha sido o antecessor do gamão atual.
O jogo real de Ur nos mostra que aquela civilização não era somente preocupada com aspectos práticos, mas também possuía uma elite intelectual e entretenimento.
O jogo real de Ur está em exibição no Museu Britânico, em Londres.
Podemos ver que Ur dos Caldeus, possuía artistas, músicos, arquitetos, formas de entretenimentos assim como nossas cidades na atualidade. Segundo a Bíblia, Abraão possuía muitos bens (Gênesis 12:5), no entanto, ele abre mão de sua vida e aceita o chamado de Deus para ir à terra prometida (Gênesis 12:1).
1928-1929
O Estandarte de Ur
Encontrado na década de 20 (1928-9) em um dos maiores túmulos reais de Ur que pertencia ao rei Ur-Pabilsag, O Estandarte de Ur datado de 2600 – 2400 a.C. foi construído de madeira revestido de mosaico em calcário vermelho, lápis-lazúli e conchas. De um lado mostra cenas de Guerra e das outras cenas de Paz. O seu propósito original permanece desconhecido.
A ilustração da guerra é uma das primeiras representações de um exército sumério. Ela mostra o rei no na parte central superior com sua cabeça projetada para fora do quadro para enfatizar sua condição suprema.
A ilustração da Paz retrata um banquete com o rei na parte superior com outros seis participantes brindando sua vitória.
O estandarte de Ur nos mostra a exuberância e a auto glorificação do rei de Ur dos caldeus. Momentos de guerra e paz provavelmente faziam parte da realidade na qual Abraão nasceu.
O Estandarte de Ur está em exibição no Museu Britânico, em Londres.
1932
O sinete de “Adão e Eva”
foi descoberto em 1932 pelo Dr. Speiser, do Museu da Universidade da Pensilvânia, em Tepe Gawra, 19 quilómetros a norte de Nínive, antiga capital assíria.
Ele datou este sinete de cerca de 3500 A.C. e declarou que o mesmo sugeria nitidamente a história de Adão e Eva: nus, um homem e uma mulher andavam sob um profundo abatimento e de coração quebrantado, seguidos por uma serpente.
Encontra-se hoje no Museu da Universidade, em Filadélfia.
O selo de “Adão e Eva”
O selo de “Adão e Eva” foi descoberto na Mesopotâmia pelo arqueólogo George Smith, do Museu Britânico, e datado de 2200 a 2100 A.C.. A cena retratada no selo sugeria-lhe a história bíblica da tentação de Adão e Eva.
Um homem e uma mulher estão sentados ao pé de uma árvore. Uma serpente está atrás da mulher.
Isso é uma evidência arqueológica que o relato de Gênesis não foi criado por Moisés, mas fazia parte de uma história já conhecida por vários povos, o que o profeta fez foi apenas retirar os mitos dos povos e culturas antigas e manter o puro relato divino - e sendo divinamente inspirado manteve o relato real e verdadeiro.
Nesse ponto é impressionante as semelhanças com o relato da Bíblia. Certas diferenças e discrepâncias são normais, pois trata-se de um relato verdadeiro mas que foi assimilado e desenvolvido por vários povos, os quais com o tempo acabaram por introduzir ao relato seus próprios mitos religiosos.
Nesse ponto o relato de Gênesis se apresenta como sendo a fonte original, pois é um texto simples sem elementos mitológicos - é o puro relato divino de como tudo aconteceu.
(Alcides)
Década de 30
Os tabletes de argila de Mari (2800-1760 a.C.)
Mari foi descoberta em 1933, na região oriental da Síria, perto da fronteira com o Iraque. Uma tribo beduína estava cavando em um monte chamado Tell Hariri um tumulo que seria usado para enterrar um membro da tribo recentemente falecido, quando se depararam com uma estátua sem cabeça.
Após esta descoberta, a notícia chegou às autoridades francesas que controlavam a Síria naquele período e uma escavação foi iniciada em 14 de dezembro de 1933 por arqueólogos do Museu do Louvre de Paris. Nas primeiras escavações foi descoberto um templo de ishtar. Mari foi classificada pelos arqueólogos como o "posto mais ocidental da cultura suméria".
Desde o início das escavações, foram descobertos mais de 25.000 tábuas de argila em idioma acádio escrito em cuneiforme. As descobertas das escavações estão em exposição no Museu do Louvre, no Museu Nacional de Aleppo, no Museu Nacional de Damasco e no Museu Deir ez-Zor. Neste último, a fachada sul do Palácio de Zimri-Lim foi reconstruída, incluindo as pinturas nas paredes.
Mari foi escavada em campanhas anuais entre 1933-1939, 1951-1956 e 1960. As primeiras 21 escavações (até 1975), foram lideradas por André Parrot, seguida por Jean-Claude Margueron (até 2004) e Pascal Butterlin (a partir de 2005).
Entre 2800-1760 a.C. a antiga cidade de Mari, no norte da Síria era uma grande metrópoles onde viviam os Amoritas (Números 13:29, Josué 10:6). Um de seus grandes Palácios, o palácio de Zimrilim foi destruído em 1760 a.C. por Hammurabi. Um total de 15000 textos foram encontrados nesse palácio que nos relevam detalhes das tradições em Mari.
Os tabletes de argila de Mari descrevem práticas de adoção e herança semelhantes a Bíblia. Fazem também menção a sacrificio de animais quando aliças entre povos são criadas. Esses tabletes também nos revelam nomes utilizados na época como: Noá, Abraão, Labão e Jacó, mencionando também as cidades de Naor (Gênesis 11:22-25) e Harã (Gênesis 11:31).
Os tabletes de argila de Mari estão em exibição no Museu do Louvre, em Paris.
1934
O Papyrus P52
Redescoberto (1934) por C. H. Roberts na Biblioteca John Rylands (1801-1888) em Manchester, Inglaterra. Conhecido como o mais antigo texto escrito do Novo Testamento.
O Papyrus P52 da biblioteca de Rylands, também conhecido como o fragmento de João, é um fragmento do papiro exposto na biblioteca de John Rylands, Manchester, Reino Unido.
Contêm partes do Evangelho de João 18:31-33, no grego, e no verso contêm linhas dos versos 37-38.
Embora Rylands P52 seja aceito geralmente como registro canônico, a datação do papiro é de nenhuma maneira assunto de consenso entre críticos. Mas o estilo da escrita, leva a uma data entre os anos de 125 e 160 a.C. mostrando assim o quão próximo dos eventos bíblicos foram escritos os evangelhos - ao contrário de supostos falsos evangelhos encontrados que remontam mais de 300 anos depois.
1947
Os Manuscritos do Mar Morto
Os Manuscritos do Mar Morto foram casualmente descobertos por um grupo de pastores de cabras, que em busca de um de seus animais localizou, em 1947, a primeira das cavernas com jarros cerâmicos contendo os rolos. Inicialmente os pastores tentaram sem sucesso vender o material em Belém. Mais tarde, foram vendidos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro ortodoxo sírio São Marcos em Jerusalém, e para Eleazar Sukenik, da Universidade Hebraica, em dois lotes distintos. Atualmente estão expostos no Museu do Livro, em Israel.
A coleção completa foi descoberta entre 1947 e 1956 em um total de 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel. Estima-se que foram escritos entre o século II a.C. e 70 d.C., ano da invasão de Jerusalém pelos romanos. A Gruta 4 revelou-se a mais importante de todas. Do seu interior foram recolhidos no mínimo 15.000 fragmentos perfazendo 584 textos, destes 127 seriam bíblicos e o restante culturais.
Os Manuscritos do Mar Morto formam uma coleção de cerca de 930 documentos escritos em Hebraico, Aramaico e grego. A maior parte deles consiste em pergaminhos, uma pequena parcela de papiros, e um manuscrito gravado em cobre. Foram recompostos 800 escritos dentre os vários milhares de fragmentos, mas quase nenhum desses documentos estava completo. Há fragmentos de todos os livros do Antigo Testamento (exceto o de Ester), de outros livros judeus não canônicos (textos apócrifos - alguns já eram conhecidos,outros não), e uma vasta documentação, inédita, sobre o período em que foram escritos. Esta documentação revelou aspectos desconhecidos do contexto político e religioso nos tempos do nascimento do Cristianismo. Continha regras de comunidade, filactérios, calendários, e outros assuntos, e foi classificada como Literatura de Qumram .
Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Foi encontrado o livro inteiro de Isaías. Trata-se de uma peça com 7 metros de comprimento, escrito em aramaico, hoje exposto no Museu do Livro, em Israel. Vale a pena fazer uma visita virtual ao Museu no link abaixo:
O Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."
Descobriu-se que os textos bíblicos eram mil anos mais antigos que os registros do Velho Testamento conhecidos até então. Até o descobrimento dos textos do Qumran, os manuscritos mais antigos que se conhecia em língua hebraica eram dos séculos IX-X d.C. O Codex Babilonicus Metropolitanus, produzido 1400 anos depois de o Antigo Testamento ter sido completado, era a cópia mais antiga em Hebraico antes dos manuscritos do Mar Morto, mas havia a suspeita de que neles haviam sido acrescentadas ou modificadas palavras ou frases dos originais, consideradas incomômodas. Com os novos descobrimentos comprovou-se que os textos encontrados coincidiam, e que as poucas diferenças apresentadas, eram, na sua maioria, já testemunhadas pela versão grega chamada “Septuaginta” ou pelo Pentateuco Samaritano (os samaritanos aceitam apenas o Pentateuco como sagrado). Ou seja, Deus protegeu milagrosamente a integridade do texto.
Outros vários documentos contribuíram para demonstrar que havia uma maneira de interpretar as Escrituras (e as normas legais) diferente da que era habitual entre os saduceus e os fariseus.
A autoria dos documentos é até hoje desconhecida. Com base em referências cruzadas com outros documentos históricos, ela é atribuída aos essênios, uma seita judaica que viveu na região da descoberta e guarda semelhanças com as práticas identificadas nos textos encontradas. O termo "essênio", no entanto, não é encontrado nenhuma vez nos manuscritos. O que se sabe é que a comunidade de Qumram era formada provavelmente por homens, que viviam voluntariamente no deserto, em uma rotina de rigorosos hábitos, opunham-se à religiosidade sacerdotal e esperavam a vinda de um messias.
A Universidade da Califórnia criou um projeto interessante de visualização dos costumes dessa comunidade (The Qumram Visualization Project) recriando em três dimensões a região onde os manuscritos foram achados. Pode ser acessado através do link abaixo:
Dr. Rodrigo Silva (Evidências II, DVD 1-A Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto) explica porque foi demorado o processo de catalogação: Os manuscritos foram desenrolados, separados com pinças, e submetidos a delicado e complexo trabalho de limpeza que exigia bastante perícia e soluções muitíssimo caras, para, em seguida, classificá-los por grupos e começar o lento trabalho de montagem do quebra-cabeça que daria forma ao texto original. Visto que faltavam muitas partes, algumas vezes era praticamente impossível reconstruir o parágrafo ou até mesmo o texto inteiro, embora estivessem agrupados pela cor do pergaminho ou pelo formato da letra. E conclui: Nenhum texto encontrado desabonou o texto bíblico que conhecemos, pelo contrário, confirmou. Esta preservação prova que a Bíblia foi milagrosamente preservada e é a inerrante Palavra de Deus!
1961
Pedra de Pôncio Pilatos
Pôncio Pilatos foi o quinto governador da Judéia romana. Foi sob o governo de Pilatos que Jesus foi crucificado (Mt 27.2). Ele foi nomeado pelo imperador Tibério em 26 AD e "retirado do cargo" por Vitélio, governador romano da Síria, em 37 AD, após "abater" alguns samaritanos no Monte Gerizim.
Existem diversas evidências da existência de Pilatos:
- Pilatos é mencionado pelos historiadores Josefo, Filo e Tácitus;
- Foram encontradas moedas cunhadas durante o seu governo;
- Em 1961, foi encontrada, em escavações na Cesaréia, uma pedra dedicatória que confirma a existência de Pilatos.
Esta última inscrição é considerada uma das Top 10 descobertas arqueológicas bíblicas do século 20. A pedra possui uma inscrição de três linhas:
Tiberieum
[Pon]tius Pilatus
[Praef]ectus Iuda[eae]
Em português:
Tibério [o imperador romano do período]
Pôncio Pilatos
Prefeito da Judéia.
A inscrição não somente confirma a historicidade de Pilatos, mas clarifica o título que ele possuía como governador. A pedra encontra-se em exposição no Museu de Israel em Jerusalém
Pôncio Pilatos era o governador romano da Judeia quinto, sob cuja governança Jesus de Nazaré foi crucificado (Mt 27:2, mais 60 ocorrências adicionais nos evangelhos, Atos, e 1 Timóteo). Ele foi nomeado pelo imperador Tibério no ano 26 dC e suspenso pelo L. Vitélio, governador romano da Síria, em 37 dC, após o abate de um número de samaritanos no Monte de Gerizim.
Embora Pilatos também é mencionado em Josefo, Philo e Tácito e moedas emitidas durante a sua governação existir, que as inscrições para Pilatos foi descoberto em escavações italianos em Cesareia Marítima, em 1961. Antonio Frova, diretor das escavações, encontrou uma pedra com uma inscrição de três linhas: Tiberieum / [Pon] tius Pilatus / [Praef] ectus Iuda [eae] ", Tibério [o imperador romano do período] / Pôncio Pilatos / Prefeito da Judéia. A pedra faria parte da entrada no teatro em Cesareia, foi moldada para encaixar, durante estes trabalhos ou posteriormente, ela foi mutilada, mas foi facilmente reconstruído. A inscrição não só confirma a historicidade de Pilatos, esclarece o título que ele tinha como governador. Esta, encontra-se em exibição no Museu de Israel em Jerusalém.
1966
A inscrição de Tel Dan
Começando em 1966, Avraham Biran escavou o sítio arqueológico de Tel Dan por vários anos, e a descoberta mais importante ocorreu em 1993, quando sua equipe removia o entulho da área do portão da cidade. Parte da muralha, destruída por Tiglate-pileser III em 733/732 A.C., continha um fragmento de um monumento inscrito.
Infelizmente, o fragmento contém uma mensagem incompleta. Tem 14 linhas incompletas escritas em hebraico arcaico, a escrita usada antes do exílio (586 A.C.). As palavras eram separadas por pontos e a inscrição reza como segue:
(2) ...meu pai subiu
(3) ...e meu pai morreu, ele foi para...
(4) real outrora na terra de meu pai...
(5) Eu (lutei contra Israel ?) e Hadad foi diante de mim...
(6) ...meu rei. E eu matei de (entre eles) X infantes, Y char-
(7) retes e dois mil cavaleiros...
(8) o rei de Israel. E matou (...o parente)
(9) g da casa de Davi. E eu pus...
(10) sua terra ...
(11) outro...(ru)
(12) conduziu contra is(rael...)
(13) sítio contra...
O autor desta inscrição pretende que Hadad foi adiante dele, supostamente na batalha. Hadad é o deus arameu da tempestade, e é provável que o dono desse monumento fosse um arameu. Que ele não é o rei é óbvio com base na linha 6, onde ele se refere a “meu rei”. Ele é ou um comandante militar ou um rei vassalo, um devoto de Hadad e subordinado ao rei de Damasco. Todavia, as linhas mais importantes são 8 e 9, onde Israel e a “Casa de Davi” são mencionadas. Esta é a primeira referência à frase: “Casa de Davi”, fora da Bíblia.
Baseado na forma das letras, Biran sugeriu que a inscrição vem da primeira metade do século nono A.C. Ademais, a cerâmica encontrada debaixo do fragmento também indica que foi aí colocada antes da metade do século nono, sugerindo que o monumento foi erigido algumas décadas antes.
Visto a inscrição se achar fragmentada, não sabemos os nomes dos reis de Israel ou de Judá. Isto é ainda mais complicado pelo fato de que o nome do rei arameu não sobreviveu. Por conseguinte, é difícil reconstruir a história exata dos acontecimentos e achar uma conexão bíblica sólida. Todavia, é possível que Dan tenha experimentado anos turbulentos entre c. 885 A.C., quando foi capturada por Benhadad I, I Reis 15:20 e c. 855 A.C., quando Acabe a recebeu de volta de Benhadad II. I Reis 20:34.
Pouco depois de Benhadad ter capturado Dan, é possível que Israel tenha recuperado o controle de Dan. Durante os primeiros dias de Acabe, Dan foi ocupada de novo pelos arameus (provavelmente o dono do monumento), e mais tarde Acabe recebeu-a de volta de Benhadad II. Acabe pode ter destruído então o monumento e usado alguns dos pedaços como material de construção. Isto, todavia, é uma mera reconstrução hipotética, e fragmentos adicionais do mesmo monumento serão necessários para se ter uma melhor ideia dos fatos históricos relacionados com a antiga Dan.
1967
Textos de Balaão
Deir
'Alla está situado no oeste da Jordânia, cerca de oito quilômetros a
leste do rio Jordão, e cerca de um quilômetro ao norte de Jaboque. Os
escavadores encontraram um santuário do período da Idade do bronze que
havia sofrido uma generalizada destruição no século décimo terceiro. Ao
contrário de outros assentamentos, que foram abandonados, Deir 'Alla
permaneceu em uso bem no século V a.C. Isso é notável. Ainda mais
notável, no entanto, foi a descoberta de uma inscrição pintada que
continha uma profecia de Balaão, um profeta não-israelita que é
mencionado no livro bíblico de Números 22-24 como um servo convocado ao
trabalho para a moabita rei Balaque. (O sítio de Deir 'Alla é,
tecnicamente, sobre lado amonita do rio Jaboque.) O texto refere-se a
visões divinas e sinais de destruição futura, em uma linguagem que é
próximo ao da Bíblia. Por exemplo, lemos sobre os "deuses Shaddai", uma
expressão que está perto da bíblica El Shaddai, "Deus Todo-Poderoso".
Por outro lado, o cenário não é monoteísta: lemos, por exemplo, sobre um
encontro de um grupo de deuses. A palavra elohim , que na Bíblia
(embora plural) refere-se a um só Deus, refere-se a mais de um deus no
texto Dei'r Alla. A reconstrução do conteúdo é difícil, mas é claro que
Balaão aprende com os deuses que o mundo será destruído, um evento
apocalíptico que é descrito com metáforas de vida das aves. De alguma
forma, Balaão e seu povo parece ter evitado esse desastre. Há também uma
descrição do submundo. O texto, em língua aramaica e Cananéia, pode ser
datado cerca de 800 a.C. Foi descoberto em 1967 por arqueólogos
holandeses, e a primeira edição, por Hoftijzer e Van der Kooij, é de
1976. Esses estudiosos foram capazes de formar duas grandes e pequenas
10 combinações de fragmentos correspondentes.
Anos 70
Tabletes de Ebla
A descoberta do arquivo de Ebla no norte da Síria nos anos 70 revelou que os escritos bíblicos concernentes aos Patriarcas são completamente fiáveis. Documentos escritos em tabletes de argila com cerca de 2300 A.C. mostram que os nomes pessoais e de lugares mencionados nos registros históricos sobre os Patriarcas são genuínos. O nome "Canaã" estava em uso em Ebla – um nome que críticos afirmavam não ser utilizado naquela época e, portanto, incorretamente empregue nos primeiros capítulos da Bíblia.
A palavra “tehom” (“o abismo”) usada em Génesis 1:2 era considerada como uma palavra recente, demonstrando que a história da Criação foi escrita muito mais tarde do que o afirmado tradicionalmente. “Tehom”, entretanto, era parte do vocabulário usado em Ebla, cerca de 800 anos antes de Moisés.
Costumes antigos, refletidos nas histórias dos Patriarcas, também foram descritos em tabletes de argila encontrados em Nuzi e Mari.
1975
O selo de Baruch
Em 1975, 250 bulas apareceram em Jerusalém na loja de um negociante de antiguidades árabe. A maior parte delas foi comprada por diversos colecionadores, e quase 50 se acham agora no Museu de Israel, enquanto outras podem ser estudadas por especialistas. Todas essas impressões de selos são datadas do fim do sétimo ou do começo do sexto século A.C, justamente antes da destruição de Jerusalém.
Entre essas impressões, três pertencem a indivíduos mencionados em Jeremias (Baruch, o escriba; Yerahme’el, o filho do rei; Elishama, servo do rei). Os três indivíduos parecem ser contemporâneos, vivendo em Judá justamente antes do exílio. Durante aquele tempo turbulento, Judá era governada pelo rei Jeoaquim. Jeremias 36.
A Bíblia nos diz que Deus instruiu Jeremias a escrever um rolo com uma profecia contra o rei. O secretário de Jeremias, Baruque, escreveu tudo que Jeremias lhe ditou. Depois de ler o rolo no templo, Baruque foi instruído a lê-lo de novo perante altos funcionários da corte real. Esses funcionários (Elishama era um deles) eram até certo ponto simpáticos à mensagem, mas temiam por Baruque. Aconselharam-no a se esconder. Jeremias 36:19. Quando o rolo foi lido perante o rei, ele ordenou que fosse destruído e Yerehme’el, com outros dois funcionários, recebeu ordem de prender Baruque e o profeta Jeremias.
A impressão que leva o nome de Elishama é feita de duas linhas de escrita separadas por duas linhas retas paralelas. A primeira reza: “Pertencente a Elishama”; a segunda dá seu título, “servo do rei”. A impressão de Yerahme’el consta de duas linhas também, dando o nome e o título do dono: “Pertencente a Yerahme’el, filho do rei”. A impressão do selo de Baruque consta de três partes, divididas por duas linhas retas paralelas, que rezam: “Pertencente a Bereqhyahu, filho de Neriyahu, o escriba”.
Uma outra bula, com o nome de Baruque, apareceu em 1995. É idéntica à descrita acima, exceto por uma diferença significativa: tinha uma impressão digital que podia ser de Baruque.
Uma terceira impressão de selo que suporta a conexão de Baruque foi achada entre as muitas descobertas na escavação em Jerusalém, em 1978, por Yigal Shiloh. Esta, datada do fim do sétimo e do começo do sexto século A.C., reza “Pertencente a Gemaryahy, filho de Shaphan”. A Bíblia diz que quando Baruque foi ao templo para ler o rolo, ele o leu na câmara de Gemariah, o filho de Shaphan. Jeremias 36:10.
1975-1980
Os Amuletos de Ketef Hinnom (1979)
Dentre as descobertas enumeradas pelo arqueólogo Walter Kaiser como sendo as dez mais importantes da arqueologia Bíblica, destacaremos os Amuletos de Ketef Hinnon.
Os chamados Amuletos de Ketef Hinnom são, na realidade, dois rolos de papel de prata minúsculos provavelmente usados como amuletos em volta do pescoço, achados na câmara funerária 25 da caverna 24 de Ketef Hinnom (em hebraico: 'ombro de Hinom', um sítio arqueológico localizado numa colina com vista para o Vale de Hinom, a sudoeste da Cidade Velha de Jerusalém)
O Vale de Hinom é citado pelo menos 11 vezes na Bíblia nos livros de Josué (15.8; 18.16), 2 Reis (23.10), 2 Crônicas (28.3; 33.6), Neemias (11.30), e Jeremias (7.31,32; 19.2, 6; 32.35).
Entre 1975 e 1980, Gabriel Barkay descobriu alguns sepulcros em Ketef Hinnom com uma série de câmaras fúnebres de pedras talhadas apoiadas em cavernas naturais. O local parecia ser arqueologicamente estéril e tinha sido usado para armazenar armamento durante o período otomano. A maior parte daqueles sepulcros havia sido saqueada, mas felizmente o conteúdo de Câmara 25 foi preservado devido a um aparente desabamento parcial do teto da caverna, ocorrido muito tempo antes.
O sepulcro 25 continha restos de esqueletos de 95 pessoas, 263 vasos de cerâmica inteiros, 101 peças de joalheria, entre elas 95 de prata e 6 de ouro, muitos objetos esculpidos em osso e marfim, e 41 pontas de flechas de bronze ou de ferro. Além disso, havia dois pequenos e curiosos rolos de prata.
Admitiu-se que esses rolos talvez contivessem alguma inscrição. Ao serem cuidadosamente desenrolados por especialistas do Museu de Israel, foi encontrado um texto com antiga escrita hebraica, decifrada com alguma dificuldade. O processo ultradelicado, desenvolvido para abrir os rolos de papel sem que o mesmos se desintegrassem, levou três anos. Quando os rolos foram finalmente abertos e limpos, descobriu-se que a inscrição continha porções de Números 6:24-26: "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz."
A maior placa contém 18 linhas de escrita legível e mede 97 x 27 mm, a menor apenas 39 x 11 mm (imagem abaixo): A bênção citada no Livro de Números era recitada pelos sacerdotes do templo, quando a congregação se reunia, mas aqui encontra-se em formato para uso individual.
Esta inscrição é uma das mais antigas e melhor preservadas contendo o nome do Deus Israelita: YHWH. Breve como são, eles classificaram como os mais antigos textos preservados da Bíblia, datando cerca de 600 anos a.C.
A Bênção Sacerdotal: uma bênção linda, no excelente estilo poético semita e cheia de uma mensagem muito necessária àqueles que enfrentavam as incertezas e forças hostis da vida no deserto.
O Senhor te abençoe e te guarde - Fala da bondade de Deus e na proteção do Seu povo.Quando um indivíduo ou nação se tornam objeto do favor divino, o infortúnio, a fome, o perigo ou a espada só servem para provar o quanto o Senhor ama Seus filhos, e como é capaz de libertá-los.
Faça resplandecer o Seu rosto - uma expressão tipicamente hebraica. Quando o semblante de uma pessoa resplandece (Pv 16.15), está cheio de felicidade; mas quando o seu rosto está cheio de sombras, é evidente que o mal e o desespero se apossaram de sua alma (Jl 2.6).
E te dê a paz - paz (hb.Shalom) significa estar completo, sem nada faltar e recebendo tudo que é necessário para uma vida plena (cf. Ml 2.5 "Minha aliança com ele foi de vida e de paz, e eu lhas dei para que temesse; então temeu-me, e assombrou-se por causa do meu nome.") Essa paz inclui a esperança de um futuro ditoso: Jr 29.11 "Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais."
1984
O Anel de Hanan
De propriedade de um colecionador em Paris, este anel valioso é conhecido do mundo acadêmico desde 1984. A origem do selo é desconhecida, mas a forma das letras indica que foi usado durante o século VII A.C. O selo tem uma inscrição de três linhas, cada linha separada por duas linhas paralelas. O anel é quase de um décimo de polegada de diâmetro, sugerindo que foi feito para um dedo masculino. A inscrição lê: “Pertencente a Hanan, filho de Hilqiyahu, o sacerdote”.
Este Hilqiyahu é melhor conhecido como Hilkias, o sumo sacerdote durante o reinado de Josias, rei de Judá na última parte do sétimo século A.C. A terminação yahu é um elemento teofórico (divino), amiúde achado em nomes hebraicos antigos em Judá; os nomes no Reino do Norte levavam a terminação yah. Parece que este Hilqiyahu foi o mesmo sumo sacerdote que descobriu no templo o rolo da lei que desengatilhou uma reforma religiosa em Judá (ver II Reis 22; II Crônicas 34).
I Crônicas 6:13 e 9:11 indicam que Azarias, não Hanan, sucedeu a Hilkias. A explicação podia ser que Azarias sucedeu a seu pai como sumo sacerdote, enquanto seu irmão mais moço, Hanan, funcionava como sacerdote, justamente como a inscrição no selo sugere.
O nome de Azarias, todavia, aparece em outra bulla (impressão de um selo) achado em 1978, durante a escavação de Yigal Shiloh, na velha Jerusalém.2 A inscrição consiste em duas linhas de escrita separadas por duas linhas paralelas. Reza: “Pertencente a Azaryahu, filho de Hilkiyahu”. A impressão não menciona o título do dono.
1993
A Estela de Tel Dã
Estela de Tel Dan é uma estela negra de basalto descoberta em um sítio arqueológico durante escavações ao norte de Israel em Tel Dan. A Estela de Tel Dan encontra-se atualmente aos poderes do Museu de Israel, em Jerusalém. Foi esculpida a mando de um rei arameu contendo inscrições em aramaico e em alfabeto aramaico, onde se comemorava uma vitória sobre um reino local, com os seguintes escritos: "Rei de Israel" e "Casa de Davi". Não consta a autoria da escrita nesta estela, provavelmente foi o rei de Damasco, Hazael ou um de seus próprios filhos.
A inscrição desta estela gerou múltiplas teorias entre acadêmicos de várias áreas da ciência, porque as letras transliteradas do original aramaico para o hebraico, BYT DWD, Beth David, "Casa de Davi" podem estar se referindo a linhagem de Davi. Até a data da descoberta era a primeira vez em que o nome de um rei de Israel, Davi, tem sido reconhecido entre os epigrafistas, historiadores e arqueólogos. As opiniões teóricas finais do consenso entre os acadêmicos e arqueólogos epigrafistas é que os três fragmentos é uma referência ao Rei Davi, sucessor do Rei Saul e pai do Rei Salomão, reis da primeira monarquia israelita segundo os livros I e II Samuel e I e II Reis, contidos no Tanakh dos judeus ou no Antigo Testamento da Bíblia Cristã.
Esta estela faz parte de estudos de uma nova ciência social, a arqueologia bíblica.
1993
Selo de Abdi
Comprado
em 1993 por um colecionador particular de Londres, o selo de Abdi está
entre os mais raros. Sua inscrição reza: “Pertencente a Abdi servo de
Hoshea”. O selo é datado do oitavo século A.C. O nome Abdi é o mesmo que
Obadias. A Bíblia se refere a três Obadias: o primeiro ministro de
Acabe, I Reis 18:3; um profeta e um oficial de Hoshea. É improvável que
este selo pertencesse a um dos primeiros dois indivíduos, porque o selo
associa o nome com Hoshea, o rei sob o qual o dono do selo servia como
oficial. Hoshea foi o último rei de Israel. II Reis 17:1-6. Reinou de
731-722 A.C., quando os assírios destruíram o reino.
2005
A ostraca de Gath
A Ostraca (pedaços de cerâmica contendo escrita) de Gath, foi encontrada por A. Maeir quando realizava escavações em Tel es-Safi, 2005.
Texto inciso, de nove letras, que representa os nomes (אלות ולת) etimologicamente relacionados com Golias (גלית).
2007
Tabuleta de Nebo-Sarsequim
Com a exceção de reis antigos, é pouco frequente encontrar provas da existência de personagens que aparecem na Bíblia [na verdade, há muitos achados que confirmam a existência de vários personagens bíblicos], mas um pesquisador encontrou, no Museu Britânico, vestígios do general babilônio Nebo-Sarsequim, citado no livro sagrado do cristianismo [e do judaísmo].
O especialista na civilização assíria Michael Jursa descobriu uma pequena tabuleta de argila na qual o general é citado, informou hoje o Museu Britânico.
Segundo a Bíblia, ele tomou parte no ataque a Jerusalém.A tabuleta data de 595 a.C. e trata de uma oferenda de ouro apresentada por Sarsequim no templo principal da Babilônia, provavelmente em honra aos deuses. O objeto, gravado com escrita cuneiforme, a mais antiga conhecida pelo homem, é anterior à destruição de Jerusalém pelo Império da Babilônia, em 587 a.C.De acordo com o capítulo 39 do Livro de Jeremias, Sarsequim esteve ao lado de Nabucodonosor, o rei de Babilônia, no ataque a Jerusalém.Jursa, catedrático associado da Universidade de Viena, tem estudado tabuletas no Museu Britânico desde 1991. "Ler tabuletas babilônicas é, às vezes, muito trabalhoso, mas também muito gratificante", disse o especialista, em comunicado divulgado pelo museu.Atualmente, apenas alguns estudiosos no mundo todo são capazes de decifrar a escrita cuneiforme, utilizada no Oriente Médio entre 3.200 a.C. e o século II d.C.O Museu Britânico conta com mais de 100 mil tabuletas com inscrições, que são revisadas pelos especialistas.
Decifrando a escrita
A tabuleta trata de uma oferenda de ouro apresentada por Nebo-Sarsequim no principal templo da Babilônia, provavelmente em honra aos deuses, sendo parte de um arquivo de um ídolo-sol do templo em Sippar.
Michael Jursa catedrático associado da universidade de Viena e especialista na civilização assíria, fez a descoberta em 2007, com a seguinte tradução:
[Recebendo] 1.5 minas (750 quilogramas) de ouro, da propriedade do Nabu-sharrussu-ukin, (Nebo-Sarserquim) o eunuco principal, que foi enviado através do eunuco Arad-Banitu, ao [templo] Esangila: Arad-Banitu [ele] entregou a Esangila. Na presença do bel-usat, filho de Alpaya, guarda-costas real, [e de] Nadin, filho de Marduk-zer-ibni. Mês XI, dia 18, ano 10 de Nabucodonosor II, rei de Babilônia.
De acordo com o livro de Jeremias (39: 3 no texto massorético; 46:3 na Septuaginta), um indivíduo com o nome de Nebo-Sarsequim (Sarsequim) visitou Jerusalém durante a conquista babilônica. O versículo começa indicando que todos os oficiais babilônicos sentaram-se com autoridade no portão do meio, e a seguir nomeia diversos deles, e conclui, mencionando que todos os outros oficiais estavam lá também.
Jeremias 39:3:
. . .E todos os príncipes do rei de Babilônia passaram a entrar e a sentar-se no Portão do Meio, [a saber:] Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarsequim, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, o Rabe-Mague, e todos os demais príncipes do rei de Babilônia.
2011
Os Ossuários da família Caifás
Os arqueólogos Yuval Goren da Universidade de Tel Aviv e Boaz Zissu da Universidade Bar Ilan confirmaram, noticiou a “Folha de S.Paulo” a autenticidade de um ossuário pertencente à família do sacerdote que teria conduzido a tumultuada sessão do Sinédrio que considerou “blasfemo” Jesus Cristo. No ossuário, os judeus guardavam os ossos dos antepassados depois da fase inicial de sepultamento.
Os especialistas concluíram que o ossuário e suas inscrições são autênticos e antigos, escreveu o “Jerusalem Post”. A peça faz parte de um conjunto de 12 usuários recuperados no mesmo local e pertencentes à família Caifás.
Dentro dessa urna foram encontrados ossos de seis pessoas ao que tudo indica da mesma família: dois bebês, uma criança entre 2 e 5 anos, um rapaz entre 13 e 18, uma mulher adulta e um homem de perto de 60 anos.
Na mesma peça lê-se a inscrição: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri”. Num dos lados não decorados aparece o nome “José bar Caifás”, onde “bar” não necessariamente significa “filho de”.
A Miriam da inscrição poderia ser neta do próprio Caifás do Evangelho ou de algum outro membro da família sacerdotal.
O nome “Caifás” é a pista crucial, segundo os arqueólogos mencionados.
José filho de Caifás era o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, liderou junto com seu sogro Anás, a iníqua conjuração que levou Jesus à morte, escreve Archeology Daily News.
No Museu de Jerusalém exibe-se outro ossuário de grande luxo. É feito em pedra entalhada com seis rosáceas dentro de dois círculos ornados com folhas de palmeira. Data provavelmente do século I.
Num lado não entalhado há a inscrição que o identifica como sendo o ossuário do próprio Caifás.
No interior deste ossuário encontraram-se os restos de um homem de 60 anos, tendo-se quase certeza que são os mesmos do Sumo Sacerdote durante a Paixão e Morte do Santíssimo Redentor.
Num dos ossuários havia uma moeda cunhada pelo rei Herodes Agrippa (37–44 d.C.). Este foi um dos indícios que sugeriu se tratar dos ossos do Sumo Sacerdote que entregou Nosso Senhor à morte pela mão dos romanos.
Segundo os Evangelhos de São Mateus (cap. 26, 3-5) e de São João (cap. 11) Caifás foi o cérebro da combinação para matar a Jesus Cristo.
O que significa que os ossos de Caifás tenham sido trazidos à luz nestes anos em que a Igreja vive um drama análogo ao da Paixão de Cristo?
2012
Selo "Bat Lechem"
Arqueólogos israelenses acharam em Jerusalém um selo de argila com a inscrição "Bat Lechem" (Belém), a primeira evidência arqueológica da existência de Belém durante o período em que aparece descrito na Bíblia. A informação foi divulgada no dia 23 de maio de 2012 pela Autoridade de Antiguidades de Israel.
O artefato foi encontrado durante as polêmicas escavações do "Projeto Cidade de David", situado no povoado palestino de Silwán, no território ocupado de Jerusalém Oriental. Trata-se de uma espécie de esfera de argila que se usava para carimbar documentos e objetos, datada entre os séculos VII e VIII a.C.
"É a primeira vez que o nome de Belém aparece fora da Bíblia em uma inscrição do período do Primeiro Templo, o que prova que Belém era uma cidade no reino da Judéia e possivelmente também em períodos anteriores", disse Eli Shukron, responsável pelas escavações, em comunicado oficial.
"A peça é do grupo dos 'fiscais', ou seja, uma espécie de selo administrativo que era usado para carimbar cargas de impostos que se enviavam ao sistema fiscal do reino da Judéia no final dos séculos VII e VIII a.C", contou o especialista.
REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA EFE
EK
2015
As tabuletas babilônicas
Arqueólogos descobrem tabuletas que confirmam narrativa bíblica do exílio judeu na Babilônia
Uma expedição de arqueólogos localizou mais de 100 tabuletas com relatos do exílio do povo hebreu na Babilônia há aproximadamente 2.500 anos. O achado histórico reitera as narrativas bíblicas sobre o período.
Segundo Filip Vukosavovic, pesquisador especializado na Babilônia antiga, Suméria e Assíria, as tabuletas possuem o tamanho da palma da mão de um adulto e mostram em detalhes a rotina dos judeus por volta de 600 a. C.
“Nós começamos a ler as placas e em poucos minutos estávamos absolutamente atordoados. Elas preenchem uma lacuna crítica na compreensão do que estava acontecendo na vida dos judeus na Babilônia mais de 2.500 anos atrás”, disse Filip.
A expedição pelo Iraque chegou à conclusão de que o rei Nabucodonosor não tratava os judeus da mesma forma que o povo havia sido tratado séculos antes pelos faraós. “Eles não eram escravos”, disse o arqueólogo.
Durante suas investidas militares para aumentar seu império, o rei babilônio fez incursões contra Israel, e uma delas, em 586 a. C., coincidiu com a destruição do primeiro Templo, construído por Salomão em Jerusalém. Nessas circunstâncias, ele forçou os judeus a migrarem para a capital do império babilônico.
“Nabucodonosor não era um governante brutal em relação a isso [bem-estar dos povos conquistados]. Ele sabia que precisava dos judeus para reanimar a economia babilônica”, acrescentou Filip, citando como exemplo o posto ocupado por Daniel, um judeu que se tornou braço-direito do rei.
De acordo com a agência Reuters, as tabuletas também descrevem a vida de uma família judaica ao longo de quatro gerações, começando com o pai, Samak-Yama, passando para seu filho, depois o neto e o próximo neto com cinco filhos, todos eles batizados com nomes hebraicos bíblicos.
“Nós até sabemos os detalhes da herança feita para os cinco bisnetos”, disse o arqueólogo. “Por um lado são detalhes chatos, mas por outro, você aprende muito sobre quem são essas pessoas exiladas e como viviam”, acrescentou.
As peças estão em exposição no Museu Terras da Bíblia, em Jerusalém, numa mostra chamada “Os rios da Babilônia”. Para Filip Vukosavovic, elas formam um achado que complementa o quebra-cabeça de seu período histórico, e ajudou a descobrir um dos fatores que levaram os judeus a se espalharem pelo mundo, pois quando os babilônios permitiram que o povo hebreu retornasse a Jerusalém, em 539 a. C., uma parcela escolheu permanecer e fundou uma comunidade judaica forte, que permaneceu sólida durante 2.000 anos.
por Tiago Chagas em 16 de fevereiro de 2015
2015
Arqueólogos descobrem ruínas da cidade do gigante Golias.
Encontrados os portões de antiga cidade filisteia.
por Jarbas Aragão
Arqueólogos da Universidade de Bar-Ilan descobriram as ruínas da antiga cidade de Gate, uma das maiores e mais influentes cidades da região nos tempos bíblicos.
Liderados pelo professor Aren Maeir, as escavações revelaram as fortificações e o portão de entrada da cidade bíblica dos filisteus onde viveu o gigante Golias.
Os arqueólogos estão trabalhando dentro do Parque Nacional de Tel Zafit, localizado entre Jerusalém e Ashkelon. Segundo o professor Maeir o portão está entre os maiores já encontrados em Israel. Embora os arqueólogos venham escavando a região desde 1899, somente nas últimas décadas que perceberam o quanto de remanescentes da Idade do Ferro realmente existia ali.
Além do portão, foi descoberta uma grande fortificação, além de várias construções que mantinham a cidade, incluindo um templo e um local usado na produção de ferro.
Nos relatos bíblicos, Gate era a cidade de Golias, o guerreiro filisteu gigante que foi morto pelo jovem soldado israelense Davi com uma pedrada. Permaneceu habitada até o ano de 830 a.C, quando foi destruída por Hazael, o rei de Damasco.
A equipe revelou que até agora, apenas a superfície superior das estruturas são visíveis. Com base no tamanho e na forma das pedras utilizadas para construí-la, as paredes da cidade devem ter sido bastante grandes.
A cerâmicas e outros achados estão tipicamente associados com a cultura filisteia, mas mantém elementos da técnica israelita, sugerindo que as culturas influenciavam umas outras as outras.
“Isso reflete as intensas ligações que existiam entre os filisteus e os seus vizinhos”, disse Maeir. “Embora os filisteus fossem os inimigos absolutos dos israelitas, na realidade a relação era muito mais complexa.”
Com informações Jerusalém Post
VEJA MAIS EM:
Mesmo eu não concordando que as histórias bíblicas sejam as verdadeiras,pois existem várias outras fontes quem provam ser copias dos sumérios,este artigo é muito bom e rico em informações
ResponderExcluirKaoslevel - Obrigado por elogiar o artigo, mas apesar de respeitar sua opinião, discordo radicalmente que a Bíblia seja "cópias dos sumérios". Ao contrário do que você afirmou, não há nenhuma prova sobre isso - só há especulação e controvérsia. Existem relatos de histórias parecidas com as da Bíblia em diferentes povos, culturas e etnias, não apenas entre os sumérios (o Dilúvio, por exemplo) e, ao meu ver isso corrobora ainda mais com a Verdade que envolve a Bíblia, pois significa que muitas de suas histórias acabaram sendo adaptadas em diferentes regiões do planeta. A diferença é que a maioria destas histórias têm relação com o panteísmo, enquanto a Bíblia fala de um só Deus. É Nele que eu acredito. É na Bíblia que acredito (tem muitas outras informações que nem estão neste artigo e que atestam ainda mais a veracidade da Bíblia, como Sodoma e Gomorra, por exemplo).
ExcluirEspero de verdade que um dia você também se convença que, apesar de ser um livro muito complexo, a Bíblia é verdadeira.
Forte abraço!
vem pelo flow... abraços belo artigo
ResponderExcluirInteressante este trabalho. Obrigado.
ResponderExcluirComentario <
ResponderExcluirAcrescentaria Os Monólitos de Curce, Sanitário de Baal e obelisco negro de Salmanasar III.
ResponderExcluirEu tenho olhado essas coisas, e tenho certeza que as informações são maiores que isso. Obrigada por resumir tudo num só lugar.
Parabéns pelo Conteudo!!
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Parabéns pelo blog. Onde podemos encontrar as réplicas desses artefatos? Estou criando um Centro de Cultura e Arqueologia Bíblica e tenho alguns itens. Outros, eu mesmo faço. O objetivo da mostra é arrecadar alimentos e roupas para pessoas carentes.
ResponderExcluirGrande abraço e Deus abençoe.
Fiquei emocionada com esse post. Pela fé creio em tudo, mas é maravilhoso quando você vê a comprovação de tudo. Os ateístas calam a boca. O que mais me emocionou foi o relato do diário do egípcio, que testemunhou as águas do Nilo se tornarem em sangue. Deus mostrando todo seu poder. Glória á Deus!
ResponderExcluirFiquei emocionada com esse post. Pela fé creio em tudo, mas é maravilhoso quando você vê a comprovação de tudo. Os ateístas calam a boca. O que mais me emocionou foi o relato do diário do egípcio, que testemunhou as águas do Nilo se tornarem em sangue. Deus mostrando todo seu poder. Glória á Deus!
ResponderExcluirparabens pelo site .
ResponderExcluirQueroooo mais
ResponderExcluir