terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A assombrosa fé dos ateus


Há algum tempo, deparei-me com um comentário em um blog sobre darwinismo, o qual me chamou demais a atenção.
Com uma boa dose de sarcasmo e ironia propositais, o autor, apenas identificado pelo primeiro nome (Jefferson), contestava e ao mesmo debochava da 'fé' de um ateu. 
Apesar de irônico, o comentário retrata de maneira bastante prática e verdadeira como é preciso uma alta dosagem de fé e fantasia para acreditar integralmente na Teoria da Evolução das espécies. Ou que o Big Bang tenha originado a vida na Terra, despretensiosamente e ao acaso. 
Eis abaixo a reprodução do criativo comentário:


"Joguei um gato (será que eu joguei o animal errado?) num aquário grande e o fechei, pra ver se o gato evoluía, até porque ali estava ele a sofrer uma pressão para sobreviver... 
Ih, caramba, o pobre garfield morreu afogado.
Mas, teremos outros gatos candidatos a virarem baleia, pela pressão evolutiva, afinal é por pressão pela sobrevivência que eles evoluem (por favor assistam pockemón, pra ver a evolução), então vamos jogar milhares de gatos no aquário, fechá-lo…
Alguma hora um deles vai resolver evoluir.
EU TENHO FÉ!

Eu também peguei e joguei uns peixes na grama pra ver se eles, por pressão (seletiva) pela sobrevivência, começariam a evoluir para algum animal terrestre, quem sabe um hamster, ou mesmo uma rã… adivinhem?

Meus peixinhos morreram. Mas não tem problema, vou continuar fazendo meus testes, até porque a evolução é persistente, uma hora eles vão ter que começar a evoluir. 
EU TENHO FÉ!

Eu também fiz um simulado no computador para o surgimento de uma casa moderna: primeiro coloquei um livro com todas as informações para construir uma bela casa, depois eu espalhei todos os materiais da casa, tijolos, madeiras, metais, areia, etc, etc, junto com o livro, claro.

Aí eu causei uma grande explosão…
Bom, isso foi no ano retrasado. Estou esperando até hoje a casa surgir sem qualquer interferência de engenharia, de planejamento, de organização, mesmo com o livro lá...
Vou esperar ela se auto-construir com as forças do acaso (quem sabe a matéria se organize sozinha e a construa!).
Só espero que essa casa que o acaso vai construir tenha uma bela piscina.

Daí poderei fazer uma explosão de verdade.

Basta uma grande explosão e um livro com informações e tudo se cria!


EU TENHO FÉ!"

(Jefferson)



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Esse texto me lembrou a célebre patifaria de Richard Dawkins, quando, numa tentativa desesperadora de refutar a Teoria do Design Inteligente, criou um software (Weasel program) tentando provar que as informações se auto-organizam sem a necessidade de um 'organizador'. Esse é um fato que com certeza entrou para a galeria de pérolas do neo-ateísmo.
Para que entendam melhor, vou reproduzir uma matéria (da época) extraída do blog "A lógica do Sabino".



PROGRAMA DE COMPUTADOR PROVA QUE A INFORMAÇÃO SE AUTO-ORGANIZOU
Dezembro 12, 2008


O grande nível de informação presente em cada ser vivo revela-nos a intervenção de uma mente inteligente, pois a informação é uma entidade imaterial que tem sempre origens inteligentes. Mas como “Inteligência” não pode fazer parte da ciência das origens, os evolucionistas fazem tudo para mostrar que ela surgiu por acaso e foi evoluindo através do erro genético.

Richard Dawkins desenvolveu o Weasel program, um software que pretende mostrar como a vida não tem uma causa inteligente. O programa de computador começa com uma sequência aleatória de 28 letras e espaços. A sequência é então copiada repetidamente, representando a reprodução biológica. São permitidos erros de cópia, representando as mutações. Sem grandes surpresas, em poucas gerações, a sequência vai de uma série de letras que nada dizem à sequência “ME THINKS IT IS LIKE A WEASEL“.

No primeiro teste vai de “WDLTMNLT DTJBKWIRZREZLMQCO P” a “ME THINKS IT IS LIKE A WEASEL“, em 43 gerações.

No segundo vai de “Y YVMQKZPFJXWVHGLAWFVCHQYOPY” ao mesmo resultado, em 64 gerações.

Et voilá, um programa de computador prova que não é necessária intervenção inteligente para a vida ficar mais complexa.

Ironicamente, em The God Delusion, Richard Dawkins fornece a explicação para o fato de o seu software ter chegado ao resultado esperado. Claro que ele não aplica aquilo que diz ao Weasel program, mas adequa-se na perfeição a este caso. Deliciem-se:

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“Os computadores fazem o que lhes manda. Obedecem cegamente a quaisquer instruções que lhes sejam transmitidas através da linguagem de programação. É assim que desempenham coisas úteis, como processamento de texto e folhas de cálculo. Mas também há um subproduto inevitável, e que é o facto de terem um comportamento igualmente robótico quando se trata de obedecer a instruções erradas.

Não têm forma de saber se uma dada instrução vai produzir um bom ou um mau resultado. Limitam-se a obedecer, tal como se espera de um soldado. É a sua obediência incondicional que torna os computadores úteis, e é precisamente isso também que os torna inescapavelmente vulneráveis a infecções de vírus e vermes de software.”

(Richard Dawkins em A Desilusão de Deus, pág. 216)

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Este tipo de jogo de computador pode ser jogado por qualquer um e alcançará sempre o objetivo para o qual foi concebido. Por quê? Porque eles foram concebidos com determinado propósito. Os programas de computador não se criam a eles próprios. São criados pelo homem. Os valores são introduzidos pelo homem. No caso do exemplo de Dawkins, até as letras aleatórias iniciais não são, de todo, aleatórias. Elas foram introduzidas pelo programador.

Não é, então, de se ficar admirado pelo programa provar aquilo que o programador quer.




“A complexidade dos seres vivos não necessita da intervenção de um designer inteligente. É apenas o produto do acaso, como eu mostrei aqui.”

*Programador inteligente com inclinação 100% anti-Deus*

*Tecnologia do século XX, programada para produzir um resultado predeterminado*


fonte: https://alogicadosabino.wordpress.com/2008/12/12/programa-de-computador-prova-que-a-informacao-se-auto-organizou/